O departamento foi constituído em 2009 com o objetivo de criar e preservar postos de trabalho que geram renda às famílias, por meio do fomento às atividades produtivas, ao emprego e trabalho, ligados ao empreendedorismo e ao cooperativismo, tendo em vista o bem-estar econômico e social dos cidadãos e cidadãs.

29 de setembro de 2014

Catadores de São Bernardo ganham sala de aula para aprender a ler e a escrever além do próprio nome

Catadores ganham sala de aula para aprender a ler e a escrever além do próprio nome
Melhorar a qualidade de vida, aos 53 anos, é a perspectiva que agora enxerga o catador de materiais recicláveis Gideilton Borges. Ele quer aprender a ler e a escrever além do próprio nome, e continuar os estudos. A possibilidade chegou com uma sala de aula do Brasil Alfabetizado, programa de alfabetização inicial do governo federal em parceria com o Mova (Movimento de Alfabetização) São Bernardo, que foi criada no local do seu trabalho, na Associação de Catadores Raio de Luz, no Bairro Cooperativa. 

A sala foi criada em setembro deste ano e o curso terá duração de oito meses. Participam 21 alunos, a maioria com mais de 45 anos, que assistem às aulas após o expediente. O programa é desenvolvido das 15h às 17h30, de segunda a quinta-feira, em uma sala da associação que foi adaptada para oferecer as aulas.

A educadora do Mova Fabiana de Oliveira Mariano acredita que daqui a um ano a maioria esteja apta a dar continuidade aos estudos e possa ingressar na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Segundo ela, o programa é desenvolvido a partir da educação inicial. "Eles não sabem escrever o próprio nome, apenas copiam", explica. A orientação pedagógica do Brasil Alfabetizado é baseada na realidade dos alunos, no meio em que vivem. No caso dos catadores, as temáticas para aprenderem a ler e a escrever serão a reciclagem e o meio ambiente.

Mais do que apenas ser alfabetizado, Gildeilton quer novas oportunidades na vida. "Nunca tive essa chance (de estudar), mas agora quero aproveitar, continuar e melhorar minha vida." O catador disse ter vindo da Bahia ainda pequeno e não teve qualquer chance de frequentar uma escola. "Minha vida se resumiu a trabalhar para sobreviver." 

A catadora Maria Lúcia de Souza, 51 anos, que também veio da Bahia há quase 30 anos, agora quer dar continuidade aos estudos. "Comecei na escola quando ainda morava na Bahia, depois nunca mais, e já esqueci", comentou. 

Lixão - A Associação de Catadores Raio de Luz é formada por 62 associados, ex-catadores do antigo Lixão do Alvarenga. Os trabalhadores atuam dentro do conceito da economia solidária, que tem como base a associação e o cooperativismo, e que gera trabalho e renda. Segundo o coordenador Reginaldo Rufino dos Santos, os catadores processam cerca de 200 toneladas de materiais por mês e têm renda média de R$ 950 por mês.


Fonte: PMSBC (24/09/2014)

http://www.saobernardo.sp.gov.br/comuns/pqt_container_r01.asp?srcpg=noticia_completa&ref=11698&qt1=0

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